domingo, 7 de abril de 2013

7 de abril, dia da verdade: a verdade de ser Jornalista



“Ser jornalista é ter um amor pela profissão maior que ao seu salário, é ser louco, é fazer voto de uma vida mais simples”, mas tudo isso já sabemos, então, o que é ser Jornalista de verdade?
Há quem pense que ser jornalista é apenas apurar o fato, transformar em notícia e repassá-la de maneira clara e direta à população. Outros pensam no “glamour” da profissão - que ainda procuro saber quem encontrou, já que é mais suar a camisa e perder noites de sono acompanhado de xícaras e xícaras de café. No entanto, ser jornalista é muito mais que ser um intermediário das relações sociais - destaque a uma das mais importantes: a relação sociedade-governantes e vice e versa. Ser jornalista é ser um profissional constantemente atualizado, pautado na ética e que não repassa a informação apenas, mas educa a população despertando-lhe senso crítico.
 O jornalista tem como matéria-prima o fato e como seu instrumento de trabalho, a comunicação, sendo esta primordial a todo ser humano. O fazer o jornalístico está intimamente ligado a democracia, pois o jornalista se faz representante do povo, porta-voz, ou como diria Eugênio Bucci: “A imprensa é a materialização da confiança”, confiança esta que o público deposita no profissional por meio da credibilidade que ele passa.
É desafiador ao jornalista manter a credibilidade e a confiança que o público a ele tem, principalmente hoje, pois a carreira jornalística é muito dinâmica e a velocidade da informação é demasiadamente rápida, então o jornalista quando se depara com um fato tem o desafio de apurá-lo mais rápido que o outro colega de profissão – na maioria das vezes, de um veículo concorrente. Assim, obtêm furo de reportagem e ganha prestígio por aquela cobertura, o que não significa glamour, e sim uma maneira de facilitar a ascensão na carreira. No entanto, se este “furo” não for corretamente relatado, se houver um equívoco, não é somente o nome da empresa de comunicação que estará em jogo e poderá cair em descrédito, mas principalmente o nome do próprio jornalista, pois sua credibilidade é até maior que o seu próprio cargo ou a empresa na qual trabalha.
O jornalista também tem o desafio das ruas, o que lhe faz jus ao adjetivo de “profissão perigo”, mas o salário não é diretamente proporcional aos riscos a qual é exposto e nem a dedicação intelectual e investimento feitos para o aprimoramento de seus conhecimentos, pois o jornalista atualizado, além de ter passado (no mínimo) por 4 anos de graduação, fez investimentos pessoais, tais como: viagens a estudo (que sempre rendem boas histórias para contar na redação), livros, cursos de idiomas, cursos de informática que sua área requer que possua habilidade, etc.
Ser jornalista não é escrever um texto de 50 linhas, um TCC ou uma matéria de capa para o jornal mais respeitado de sua cidade, nem mesmo aparecer na TV. Ser jornalista não é ser reduzido apenas ao domínio técnico da linguagem e de seus diversos formatos. Ser jornalista é exercer uma atividade intelectual baseada em anos de aprofundamentos teóricos e práticos a fim de repassar à sociedade, com comprometimento, a verdade e de tornar público o que é de interesse social, ou seja, ser jornalista é ser compromissado com a verdade, com a população e com o que se propõem a Comunicação Social.
Então jornalista, parabéns pelo seu dia! Desejamos que a valorização do trabalho que desempenha seja o seu maior presente!

Texto: Emanuele Corrêa
Revisão: Laís Cardoso
Edição: Juliana Theodoro

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