terça-feira, 12 de março de 2013

Noite de rock: I Rock School Festival


No ultimo domingo, 10, aconteceu o I Rock School Festival. O objetivo do evento era reunir bandas de colegiais em um só palco. Os ingressos não demoraram a esgotar e aproximadamente 400 pessoas lotaram o famoso Teatro Gasômetro em Belém. Para quem foi, curtiu sons de covers de bandas como  Nirvana, Grunge, The Kooks, Muse, The xx, The Killers, The Cranberries, Placebo e outros.


Mas se você perdeu o evento, não se preocupe! Confira agora com Os Apocalípticos tudo o que rolou no Festival:



Texto de Fábia Sepêda

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher: a luta por trás das rosas


Foto colegioecologia.com.br
Hoje se comemora o Dia Internacional da Mulher. Dia de dar flores e chocolates para as integrantes do sexo feminino, certo? Errado. Na verdade, o Dia Internacional da Mulher é marcado por um fato histórico que muitos desconhecem. Tudo começou no dia 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, ao fazerem greve por condições melhores de trabalho, foram reprimidas violentamente. Por volta de 130 tecelãs morreram trancadas dentro da fábrica, que foi incediada. 53 anos depois, em uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que em homenagem a essas mulheres o 8 de março seria o Dia Internacional da Mulher, data oficializada pela ONU em 1975.
De lá para cá, porém, o sentido do 8 de março parece ter sido distorcido. A intenção não era comemorar, como se faz por muitos hoje em dia, mas discutir o papel da mulher na sociedade e lutar pela igualdade de gênero. Felizmente, existem organizações que não esqueceram e nem esquecem o significado.
Em nível internacional, temos o exemplo da organização Girl Up, com sede em Washington (EUA). É uma campanha inovadora dentro da Fundação das Nações Unidas. Seu propósito é dar às garotas norte-americanas a oportunidade de se tornarem líderes globais e canalizar sua energia e compaixão para desenvolver consciência e fundos para os programas da ONU que ajudam algumas das adolescentes mais difíceis de alcançar no mundo, principalmente aquelas em países extremamente machistas, como alguns da Ásia, da África e da América Latina.
Esse é um programa que faz parte do ONU Mulheres, a facção das Nações Unidas criada antes tarde do que nunca (inaugurada em 2010) que trabalha em prol da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres.
O foco do Dia Internacional da Mulher neste ano, para a ONU, é a eliminação da violência contra mulheres. Por isso, o Secretário-Geral Ban Ki-moon deixou o seguinte recado, em sua mensagem de hoje: “Olhe para as mulheres que o cercam. Pense naquelas queridas por sua família e sua comunidade. E entenda que há uma probabilidade estatística de que muitas delas tenham sofrido violência durante sua vida”.
É com essa linha de pensamento, que aqui mesmo, em Belém do Pará, criou-se, o GEPEM - Grupo de Estudos e Pesquisas Eneida de Moraes, em homenagem à escritora paraense. O projeto faz parte da Universidade Federal do Pará e foi fundado em 1994, pelas mesmas professoras que hoje são as coordenadoras: professoras doutoras Maria Luzia Miranda Álvares (FACS/IFCH/UFPA) e Eunice Ferreira dos Santos (ICED/UFPA). O grupo tem o propósito de ser integrante no processo de reflexão crítica para a formação acadêmica, educacional e social. Um dos pontos interessantes é que o GEPEM é transdisciplinar, ou seja, engloba todas as áreas de conhecimento e reúne pesquisadoras(os) e docentes de todos os cursos e de várias proveniências, não apenas da UFPA.
O GEPEM tem 5 linhas de pesquisa: Mulher e Participação Política; Mulher, Relações de Trabalho, Meio Ambiente e Desenvolvimento; Gênero, Identidade e Cultura; Gênero, Arte/Comunicação, Literatura e Educação; Gênero, Saúde e Violência.
Um projeto cultural que se destaca do GEPEM é a Casa da Escritora Paraense (CASAEPA), uma instituição sem fins lucrativos destinada a ser um centro de memória com a finalidade de guardar, preservar e divulgar a obra intelectual e literária (édita e/ou inédita) das/sobre escritoras paraenses. Assim também peças documentais de natureza diversa que pertenceram ou que sejam relacionadas a essas literatas. Esse material é obtido na linha de pesquisa Gênero, Arte/Comunicação, Literatura e Educação.
 Dessa forma, trabalhos como o do GEPEM contribuem para a compreensão do universo do sexo feminino e para a criação de medidas que possam ser postas em prática por organizações como a ONU Mulheres, quem sabe. E aí, talvez, um dia realmente haja igualdade de gênero e todos percebamos que o 8 de março vai muito além das rosas.

Visite os sites dos grupos falados neste texto:
·                    Girl Up: www.girlup.org
·                    Onu Mulheres Brasil: www.onu.org.br/onu-no-brasil/onu-mulheres
·                    GEPEM/UFPA: www.ufpa.br/projetogepem

Texto: Alice Martins Morais
Revisão: Erica Marques
Edição: Juliana Theodoro

domingo, 3 de março de 2013

Espaço ITEC Cidadão: 2 anos de amor e dedicação


      Sonhos, lutas e projetos. Esses foram os ingredientes que formaram o Espaço ITEC Cidadão, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que ontem completou dois anos de existência.
O bosque atinge todos os públicos, mas seus frequentadores mais fiéis são os jogadores de xadrez, que se reúnem todas as sextas-feiras de 9h às 14h (e acolhem frequentadores novos). Atrás, estante de livros de diversas áreas, doados e emprestáveis.
     Em uma universidade do tamanho da UFPA, é quase inevitável à segregação dos conviventes em grupos e o sentimento de medo em alguns momentos. É por isso que havia a necessidade de se criar uma proposta de um espaço de convivência que oferecesse mais segurança. Gina Calzavara, então, o fez. Era um movimento pioneiro na universidade e havia os riscos de não dar certo e de não ter o apoio necessário; mas, depois de muitas lutas, o projeto do Espaço ITEC Cidadão tornou-se realidade em 02 de março de 2011.
      Localizado nos bosques da UFPA, na transição entre os campi básico e profissional, o espaço é estratégico para a integração entre diferentes cursos e grupos sociais. Quem vai por lá pode usufruir de atividades que não apenas proporcionam a convivência com as pessoas ao redor como exercitam o cérebro, o físico e o emocional. Para o cérebro, são oferecidos jogos-xadrez, damas, quebra-cabeças, pega-varetas, uma estante de livros doados de diversas áreas e revistas; já para o físico, como se a caminhada pelos bosques não fosse suficiente, pode-se também praticar um pouco de boxe; e para o emocional, o Espaço mexe com a autoestima permitindo maior sociabilidade e uma sensação de bem-estar que o verde do local nos remete. Ah, e ainda tem o Xadrez que é o cachorro preto que virou mascote do local. Enquanto as pessoas se reúnem por lá, ele fica deitado e cada um usufrui do espaço. Este é um bom exemplo de comportamento social.
      O Espaço ITEC Cidadão não está finalizado, e nem deveria. É um processo contínuo de construção e reconstrução, de inovação e expansão. Sua estrutura tem crescido bastante ao longo desses dois anos, e sua visibilidade também.
    O local é hoje composto de jardins com as mais variáveis plantas – identificadas apropriadamente com as plaquinhas que indicam o nome vulgar e científico, é claro – e também casinhas de passarinhos, além de bancos e cadeiras disponíveis para todos. E o mais atrativo é que grande parte é feita por alunos (tanto bolsistas quanto voluntários), criando um sentimento de responsabilidade social que muitas vezes não é aprendido em outros locais, como na sala de aula.
      O Espaço preza pela cidadania e pela solidariedade, por isso tem diversos programas para pessoas de todas as idades, dos mais jovens à comunidade idosa.  Como a própria Gina diz, O ITEC Cidadão busca que a essência das pessoas sobressaia-se ao lugar e espera que cada um que passe por lá deixe suas digitais, um pedaço de sua bagagem cultural, construindo um local de todos para todos.
O Espaço ITEC Cidadão oferece local para quem quer se reunir com 
os amigos, estudar, jogar ou apenas mesmo conviver mais com a natureza. 
        Outro princípio a ser seguido é a sustentabilidade. O Espaço inteiro é formado pelo reaproveitamento e pela reciclagem: há depósitos de coleta seletiva, recolhimento de embalagens para reutilização e transformação em materiais úteis, como os vasos de mudas feitos com embalagem de leite ou garrafas pet, entre outras iniciativas.
        Enfim, o Espaço é um centro de valores cidadãos. Caso tenha se interessado, dê uma passada por lá (fica nos bosques próximos à ponte que interliga os dois campus) e peça por uma visita guiada – os organizadores são bem prestativos -, conheça e construa a universidade.
Aceitam-se doações de plantas, garrafas pet, latas, livros e outros materiais reutilizáveis.
        O Espaço ITEC Cidadão é um lugar que cultiva não apenas plantas, mas ideias e atitudes positivas. Vale a pena conhecer.

Saiba mais na página oficial do Espaço ITEC Cidadão no facebook: http://www.facebook.com/espacoitec.cidadao

Texto de Alice Martins Morais
Revisão de Erica Marques
Edição de Emanuele Corrêa