Foto: Cristiano Martins / Ag. Pará - Divulgação |
A
fila cresce em direção à pequena bilheteria. No local, uma placa indica a
capacidade máxima de cada sessão: 86 lugares; abaixo, outra plaquinha: o
ingresso custa 8 reais e estudante paga meia. Assim é a movimentação para
conseguir o ingresso de uma das sessões do Cine Líbero Luxardo, vinculado à
Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.
Criado em 1986, o cinema tem o objetivo de promover a difusão das produções nacionais e internacionais e oferecer ao público uma programação de filmes diferenciada. Para Marco Antonio Moreira, integrante da Associação Paraense de Críticos de Cinema, “o Cine Líbero Luxardo representa um dos pontos mais importantes do circuito alternativo, que exibe filmes fora do circuito comercial, mas que na maioria das vezes são até melhores”.
O nome do espaço é uma homenagem ao primeiro cineasta a abordar temas amazônicos nos roteiros da telona, exaltando também a música paraense nas trilhas sonoras dos filmes, com destaque para artistas locais como Waldemar Henrique e o compositor Paulo André Barata.
Líbero Luxardo também foi jornalista e político, mas sua grande paixão era a sétima arte. Nascido em São Paulo, chegou ao Pará na década de 1940. Mesmo com todas as dificuldades, não desistiu de fazer cinema na Amazônia e virou uma referência na produção cinematográfica na região.