domingo, 2 de dezembro de 2012

Brasil de todos os Sambas


Quando se fala em samba, associa-se logo ao Brasil, mais especificamente ao Rio de janeiro. No entanto, tu realmente conheces a origem do samba? Sabias que dia 2 de dezembro é o dia nacional desse ritmo? Mas e o porquê desta data? E o samba, realmente só está no sangue dos cariocas? A maioria dos brasileiros se encanta pelo ritmo, mesmo que seja só para ouvir ao invés de dançar.
                                                                    Foto de Renato Reis
Arthur Espíndola em noite de Black Soul Samba no Palafita


  A Origem
 O samba surgiu da mistura dos ritmos musicais africanos e brasileiros, o termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às crenças afro-brasileiras. As raízes do samba se estabeleceram ainda no Brasil colônia com a chegada da mão-de-obra escrava. Os instrumentos utilizados são: tambores, surdos timbaus (percussão) e são acompanhados por violão e cavaquinho (cordas). As letras geralmente contavam/cantavam a realidade das pessoas da cidade, que geralmente eram muito pobres. Hoje o samba tem várias ramificações e sua letra é bem diversificada. Canta-se desde músicas com cunho social até as canções mais melosas, amorosas e cômicas possíveis.

Samba e variedade
Temos vários tipos de samba, e os principais são: samba-enredo, samba de partido alto, pagode - que após a década de 70 foi associado como samba. Oriundo do Rio de Janeiro a partir da cena musical do samba dos fundos de quintais, muito comuns no subúrbio da cidade; mas já fora também um termo pejorativo, pois era o mesmo nome dado as festas que aconteciam nas senzalas - samba-canção, samba carnavalesco (que param o Brasil em frente às TV’s para assistir aos desfiles das escolas de samba), samba-exaltação, samba de breque, samba de gafieira, sambalanço, entre outros.

Do passado a atualidade:
O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo telefone, em 1917. Noel Rosa, autor de Conversa de botequim, Cartola de As rosas não falam, Dorival Caymmi de O que é que a Baiana tem? , Ary Barroso de Aquarela do Brasil e Adoniran Barbosa, de Trem das onze, eram os principais nomes do cenário, em 1930. Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc, eram da geração de 1970 e 1980, época de forte repreensão militar e política, paralisação do protesto social, enfraquecimento dos partidos políticos, sindicatos e outras instituições de representação, mas também de grandes movimentos culturais que faziam frente a essa repressão.

Outros importantes sambistas de todos os tempos
Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda, que fez sucesso não só no Brasil, mas também nos EUA; Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Lamartine Babo, entre outros nomes.

E o dia 2 de Dezembro? 
A data marca o dia em que o vereador baiano, Luís Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso que já tinha composto seu sucesso “Na baixa do sapateiro”, mas que nunca tinha ido à Bahia, visitou Salvador pela primeira vez; então ficou conhecido este dia como o Dia Nacional do Samba, o que agrega valor a história do samba no Brasil e é um dado curioso. A festa se espalhou e virou comemoração nacional.
Os lugares que mais se comemoram essa data é na Bahia e no Rio de Janeiro, fazendo rodas de samba, que vão desde aquelas no fundo do quintal às dentro dos vagões que são conhecidas como Pagode do Trem.
Aqui em Belém esse ritmo contagiante também é muito popular e se mistura com o som Black nas noites de sexta num local chamado de Palafita Bar, onde ocorre a Black Soul Samba. E na sexta passada, dia 30 de Novembro, comemorou-se antecipadamente o dia do Samba. A Black Soul contou com a presença de grandes e novos nomes da geração de sambistas brasileiros nascidos no Pará: Arthur Espíndola e Jana Figarella; com as composições dos álbuns: “Coisas que peço” e “Tá falado” de Arthur Espíndola e “Lá vem Janaína” e “Leve” de Jana Figarella.
Quem ficou curioso deve ir à Black Soul Samba que acontece todas as sextas, em Belém, no Bar Palafita. Os paraenses arrasam por lá. Busque também conhecer outros lugares e artistas paraenses que são bem expressivos nesse ritmo.

Agora que tu já conheces um pouquinho mais sobre samba, já podes escolher um ritmo desse gênero e começar a ensaiar os passinhos para arrasar nas noites da cidade ou simplesmente chamar os amigos e fazer o bom e velho pagode no fundo do quintal. Demos o embalo, agora é com vocês!

 Texto de Emanuele Corrêa.

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