sexta-feira, 31 de maio de 2013

Em dia de jogo, as redes sociais também entram em campo

A paixão que os torcedores têm pelo seu time é algo quase indescritível quando vemos sua demonstração nos jogos por meio de faixas, hinos, expressões e incentivos durante a partida. No futebol paraense, tivemos recentemente essas demonstrações.
Uma delas foi quando os torcedores do Paysandu deram todo o seu apoio ao time com a derrota contra o Naviraiense (MT), em uma das rodadas da Copa do Brasil. Os bicolores ainda aguardam esperançosos a volta do time à competição. Outra prova de amor com seu time são os azulinos que não deixam de usar a camisa, comentar cada jogo e acompanhar ansiosamente a possibilidade do Remo obter uma vaga na série D.
Esses exemplos mostram o quanto os amantes do futebol levam a sério o seu papel de torcedores. Uma de suas atitudes que vem chamando a atenção ultimamente, tanto de quem gosta quanto de quem não gosta de futebol, são as discussões é a discussão na Internet de determinados times, seja em páginas oficias ou de puro entretenimento, em que se ironiza o time oposto. O que se pode ver também é como em dia de jogo, e após ele, os comentários aumentam, virando às vezes Trending Topics (assuntos mais comentados) no Twitter e postagens incessantes no Facebook.
Muitos torcedores, sejam eles do Remo ou do Paysandu, utilizam seus perfis nas redes sociais para comentar sobre o jogo, utilizando isso como uma maneira de expressar sua emoção ao assisti-lo e, claro, não deixando de fazer piadas ao time adversário. Michel Moura, torcedor do Paysandu, vai de vez em quando ao estádio, mas não deixa de postar algo: “Vou ao estádio de vez em quando, mas sempre coloco no Facebook alguma encarnação. E acredito que se não tivesse essa rivalidade não seria legal, pois isso é coisa de torcida, não somente de postagens para irritar as outras pessoas”, diz.
Essas publicações excessivas sobre o jogo são umas das coisas mais prazerosas para esses torcedores: “Porque o melhor mesmo é no dia seguinte, as encarnações nos amigos do time rival através das redes sociais. Sempre posto em Facebook e Twitter, sei que incomodo muita gente. Mas fazer o que? É paixão!”, fala Fabrício Bordalo, remista que se considera torcedor fanático.
Fabrício Bordalo, torcedor fanático do Remo.
Percebendo a proporção em que chegaram as discussões e brincadeiras entre torcedores, é importante que o respeito ao próximo jamais seja deixado de lado. Os limites devem ser considerados para preservar a integridade não somente de quem vai assistir ao jogo, mas também dos torcedores que estão em casa conectados, acessando seus perfis nas redes sociais, um espaço onde sua opinião e sua vida são expostas numa dimensão muito maior. “Encarnação e rivalidade no futebol sempre vão existir. Sei meu limite e dos meus amigos, mesmo assim acabo me empolgando e extrapolando um pouco. Vai da cabeça de cada um. Hoje em dia reina um pouco mais de paz dentro de campo e nas redes sociais, mas pode melhorar”, afirma Fabrício.
         André Renato aproveitou o último jogo do Paysandu contra o Paragominas, no dia 19 de Maio na final do Campeonato Paraense e levou a namorada ao Estádio do Mangueirão para ver a vitória do seu time por 3 a 1. "Em dias de jogo do Paysandu meu comportamento muda por conta da ansiedade que gira em torno da partida. Vou quando posso ao estádio, mas quando não posso, nas redes sociais, gosto muito de fazer algumas publicações sobre meu time, bem como comentar e debater com outros usuários, o que ajuda a conter os ânimos de vez em quando. É um meio comum de tentar manter minha tranquilidade", disse.
Renato Souza e Stéphanie Aviz, na final do campeonato paraense. 
Não importa para qual time você torça, quantas vezes você publica sobre ele, jamais deve ser esquecido que o esporte é uma diversão, um lazer na vida de cada torcedor brasileiro e não um meio de atacar as pessoas que tem gosto contrário ao seu. Que todos esses tipos de expressões sejam uma forma de mostrar o amor pelo seu time, pelo seu estado, sempre respeitando todos.

Texto de Erica Marques
Revisão de Laís Cardoso
Edição de Emanuele Corrêa

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