quarta-feira, 1 de maio de 2013

O verbo trabalhar, tudo funciona quando o conjugamos


Foto: Quatrum English School 
Profissões. Poderíamos listá-las de A a Z, pois existem em todos os lugares do mundo, em todos os segmentos da sociedade e, independentemente dos status sociais que elas agregam ao ser humano, não há uma profissão que seja menos importante.
De verdade, pode parecer clichê ou uma fala simplista, mas se hoje o organismo social funciona é porque houve uma base para a profissionalização de muitos trabalhadores. Seja médico, advogado, engenheiro, cientista, chefe de cozinha, jornalista, publicitário... Todos eles precisaram de um fundamento para contribuir com a execução de suas funções. As bases familiar e escolar são as de maior importância nesse aspecto. Por exemplo, a atuação de um professor vai desde o ensino básico até a graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e por aí vai. O professor foi orientado por outro professor antes de exercer a profissão (e se continuarmos a fazer essa digressão não terminaremos este texto hoje!). Então, o que seríamos sem os professores? Mas não só sem eles, viu?
O que seriam dos nossos dias sem os motoristas de ônibus, vans, táxis, mototáxis? Um dia sem eles e não chegaríamos – não tão facilmente – à escola, faculdade, ao trabalho, hospital, à delegacia etc.
O que seriam dos nossos momentos de lazer sem a recepcionista, o garçom, o chefe de cozinha, o faxineiro e todos os membros que fazem um restaurante funcionar?
Na maioria das vezes, as profissões mais lembradas ainda são essas que têm um reconhecimento por lei. Mas e aquelas que se enquadram apenas como “autônomas”? Sim, aquela senhora ou senhor que carinhosamente chamamos de "tia" ou "tio", mesmo que não sejam de nossas famílias. Aqueles que vendem coxinha, hot dog, suco, água, bombom... E que estão pelos corredores da faculdade, batendo à porta das salas de escritórios, pelas avenidas, estrategicamente posicionados, ou dentro dos ônibus vendendo canetas, revistas, falando das maneiras mais divertidas que nos convencem a comprar, às vezes, só pela simpatia. Todos merecem destaque!

História
O dia 1º de Maio, que é chamado Dia do Trabalho, é feriado em cerca de 80 países, dentre eles o Brasil. Em 1886, trabalhadores americanos fizeram uma paralisação nesta data para reivindicar melhores condições de trabalho (o que acabou de maneira trágica: 19 pessoas morreram, dentre eles 7 policiais e 12 manifestantes). No ano seguinte trabalhadores de alguns países europeus resolveram parar de trabalhar no mesmo dia, também como reivindicação por melhorias. E em 1889, alguns operários reunidos em Paris decidiram tornar a data uma homenagem aos trabalhadores que haviam feito a primeira paralisação, oficializando-a como Dia Internacional do Trabalho.
No Brasil, por influência de imigrantes europeus, as paralisações começaram a ocorrer no ano de 1917. O presidente Artur Bernardes decretou feriado oficial por volta de 1924-1925.
O salário mínimo foi implantado no Brasil em 1º de Maio de 1940. A Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) foi anunciada no dia 1º de maio de 1943 e o reajuste anual do salário mínimo também acontece no Dia do Trabalhador.

Brasil em 2013
Os movimentos grevistas são comuns pelo país, não necessariamente só no mês de maio – sendo que em Belém é habitual ocorrer a paralisação dos trabalhadores dos transportes coletivos nesse mês.
Há também algumas lutas alcançadas sem que paralisações tenham acontecido, como a ampliação dos direitos dos empregados domésticos que recentemente, por lei, foram garantidos. A PEC 478/10 inclui jornada de trabalho de 8h diárias e 44h semanais, adicional noturno, entre outros.
No entanto, essa é apenas uma luta alcançada dentre as muitas que ainda estão sendo travadas por todo o Brasil, tais como reivindicações dos servidores municipais e estaduais, da educação pública e outros.

Belém
Hoje pela manhã, os trabalhadores e sindicalizados da Central Única dos Trabalhadores (CUT), articularam-se em todo o país e fizeram um ato unificado. Concentraram-se a partir das 8 horas na Praça do Operário de São Brás e caminharam até a Praça da República, protestando em prol de melhorias de trabalho. Já em alguns pontos da cidade, foram promovidas ações para festejar esse dia. Tendas foram montadas em praças ofertando serviços, como emissão de documentos e atualização de currículo. O Sesc (Serviço Social do Comércio) e parceiros ofereceram uma programação de shows e animações recreativas para comemorar, como a corrida do Sesi (Serviço Social da Indústria), que acontece anualmente, e  assim, de várias formas esse dia foi marcado.
Há tantos profissionais a serem homenageados que fica difícil citar todos. O que podemos fazer é reconhecê-los e parabenizá-los.
 Desejamos um Feliz Dia do Trabalho e parabéns a todos que fazem a sociedade funcionar.

Texto de Emanuele Corrêa
Revisão de Laís Cardoso
Edição de Juliana Theodoro

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