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Campus de pesquisa do Museu Emílio Goeldi, localizado no bairro da Terra Firme. Foto: Leonel
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O
bairro da Terra Firme começou a se formar na década de 1950. De lá pra cá, muita
coisa mudou na comunidade. Para documentar e facilitar o acesso à história do
bairro, moradores criaram o Ponto de Memória da Terra Firme.
O
Ponto surgiu em maio de 2010,
com apoio do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Instituto Brasileiro de Museus
(Ibram), através do Projeto Pontos de Memória.
O Ponto da Terra Firme trabalha para que a população do bairro seja vista com outros olhos. É o que explica o conselheiro do Ponto de Memória, José Maria de Souza: “o objetivo maior do Ponto de Memória é resgatar a memória da Terra Firme, que estava sendo perdida, e tirar a imagem negativa que a Terra Firme tem. Aqui tem muita coisa boa que não é divulgada pela imprensa, porque pra eles só interessam as coisas ruins”, relata.
O Ponto da Terra Firme trabalha para que a população do bairro seja vista com outros olhos. É o que explica o conselheiro do Ponto de Memória, José Maria de Souza: “o objetivo maior do Ponto de Memória é resgatar a memória da Terra Firme, que estava sendo perdida, e tirar a imagem negativa que a Terra Firme tem. Aqui tem muita coisa boa que não é divulgada pela imprensa, porque pra eles só interessam as coisas ruins”, relata.
O conselho gestor do Ponto de Memória é formado por 12 moradores da Terra Firme. Eles realizam oficinas, exposições, atividades culturais e reivindicações junto à comunidade do bairro, que é um dos mais populosos de Belém de acordo com o IBGE. Além de resgatar a memória, os gestores do Ponto procuram soluções para a violência, falta de saneamento e saúde precária, considerados os principais problemas da Terra Firme.
Na
opinião de José Maria, a relação entre as empresas, universidades e órgãos
públicos com os moradores da Terra Firme está melhorando e pode contribuir para
amenizar os problemas do bairro. “Hoje em dia, a Eletronorte já oferece cursos
pra comunidade, abre inscrição pra estágio, entre outras coisas. A UFRA também
já tem uma relação boa com a comunidade e a UFPA nesse momento também está
melhorando. O que acontece é que a comunidade também precisa ter seus
compromissos pra poder reivindicar apoio”, observa José.
A
moradora Rosa Santos, que participou de uma ação intitulada “As Diversas
Linguagens da Cultura na Terra Firme”, relata a importância da ação do Ponto de
Memória para a comunidade: “Pra mim
é um aprendizado muito grande, e pra comunidade é uma oportunidade imensa que o
bairro da Terra Firme teve e tá tendo, porque o projeto continua até hoje. Esse
projeto que eu participei (As Diversas Linguagens da Cultura na Terra Firme) fazia
com que os jovens entrevistassem pessoas que são destaque no bairro, que têm um
trabalho importante no bairro da Terra Firme.”
Projeto Pontos de Memória
O
Ibram, em parceria com o Ministério da Cultura, Ministério da Justiça e
Organização dos Estados Ibero-americanos, apoiou ações de memória em
comunidades populares em várias cidades do Brasil. O objetivo é conquistar, exercer
e comunicar o direito à memória entre os diferentes grupos sociais que existem
no Brasil. Estão em fase de consolidação 12 pontos de memória no Distrito
Federal e nas capitais do Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Ceará,
Alagoas, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, São Paulo e Espírito Santo.
O
Ponto de Memória da Terra Firme usa o meio virtual para divulgar as ações dos
moradores e os resultados do projeto. Mais informações podem ser encontradas no
blog,
na página do Facebook e também pelo telefone: 91 8895-1990.
Texto de Jobson
Murilo
Revisão de Arthur Medeiros
Edição de Juliana Theodoro
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