quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dia do Meio Ambiente: muito além do 5 de junho

Não, você não precisa plantar uma árvore hoje só porque é o Dia do Meio Ambiente. O que você precisa é parar um pouco para conhecer melhor o assunto e aquelas organizações que trabalham como se todo dia fosse 5 de junho.
Primeiramente, qual é a História do Dia do Meio Ambiente? A data foi oficializada em 1972, por causa de um encontro internacional promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em Estocolmo (Suécia), para discutir assuntos ambientais. Nele, planejou-se um conjunto de ações que os Governos e a sociedade em geral deveriam realizar para resolver os problemas causados pelas práticas humanas sobre o meio ambiente. Para servir de “lembrete”, constituiu-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. (Saiba mais sobre a História da ONU com o Meio Ambiente aqui).
Se você acha que uma ação simbólica como esta não tem utilidade, reveja seus conceitos, porque tem, sim. De lá para cá, é visível a intensificação das discussões ambientais ao redor do mundo. Vinte anos depois de Estocolmo, por exemplo, realizou-se a ECO-92, no Rio de Janeiro, na qual mais comprometimentos globais foram estabelecidos. Consequência de eventos como este foi o famoso Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, que faz um acordo entre diversos países (inclusive o Brasil) para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo agravamento do efeito estufa. Para entender melhor o protocolo, leia o infográfico interativo do site UOL.
Outro resultado foi a expansão de organizações que trabalham em prol do meio ambiente, como a transnacional Greenpeace. Esta ONG tão reconhecida hoje em dia começou com um pequeno grupo de ativistas (dentre eles, ecologistas, jornalistas e hippies) que, em 1971, saíram do Canadá ao Ártico, a bordo de um velho barco de pesca chamado Phyllis Cormack. Eles queriam impedir que os EUA continuassem testes nucleares em uma ilha do Alasca. Depois, foi crescendo e conquistando mais causas e criando mais bases em países diferentes, como no Brasil, em 1992 (junto a ECO-92). Greenpeace é uma organização que não aceita filiação com nenhuma empresa, governo ou partidos, vive apenas de contribuições de filiados (pessoas da sociedade em geral que queiram doar) e objetiva defender o ambiente e promover a paz, inspirando as pessoas a mudarem atitudes e comportamentos.

O barco Phyllis Cormack entrando na baía de São Francisco (Foto: Greenpeace)
Saindo da escala internacional, atualmente, muitas organizações fazem um excelente trabalho a nível regional e local. Uma delas é a Noolhar, instalada em Belém (PA), que visacontribuir para o desenvolvimento sustentável através de ações educativas, fortalecendo o despertar socioambiental para conservação do meio ambiente. Para isso, realiza projetos com pessoas de várias faixas etárias, como oficina de reaproveitamento de pets para crianças e a produção de campanhas socioeducativas.
Projeto Noolhar de educação ambiental para crianças (Foto: Noolhar)
Outro grupo que trabalha com a mesma visão é o Espaço ITEC Cidadão, já mencionado em matéria anterior. É um ambiente localizado dentro da Universidade Federal do Pará, e que, dentro de outras ações, promove a conscientização ambiental aos estudantes e à sociedade em geral.
Da Conferência de Estocolmo de 1972 ao Espaço ITEC Cidadão, muita coisa mudou. Mas uma coisa é certa: cada vez mais, presenciamos o crescimento e surgimento de grupos e organizações para as quais o Dia do Meio Ambiente é todo dia. Porém isso não precisa ser de exclusividade deles. Faça a sua parte. Como já foi dito, não precisa plantar uma árvore hoje para amanhã jogar lixo no chão novamente. O importante é conhecer, conscientizar-se e conscientizar os outros. Dia do Meio Ambiente tem que ser comemorado todo dia.

Texto de Alice Martins Morais

Conheça os trabalhos do Greenpeace, Noolhar e Espaço ITEC Cidadão.


Saiba mais sobre a (triste) realidade ambiental pertencente à capital do Pará, já retratada em matérias anteriores: Belém, metrópole da sujeira e Vivendo entre entulhos


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