Não, você
não precisa plantar uma árvore hoje só porque é o Dia do Meio Ambiente. O que
você precisa é parar um pouco para conhecer melhor o assunto e aquelas
organizações que trabalham como se todo dia fosse 5 de junho.
Primeiramente,
qual é a História do Dia do Meio Ambiente? A data foi oficializada em 1972, por
causa de um encontro internacional promovido pela ONU (Organização das Nações
Unidas) em Estocolmo (Suécia), para discutir assuntos ambientais. Nele, planejou-se
um conjunto de ações que os Governos e a sociedade em geral deveriam realizar
para resolver os problemas causados pelas práticas humanas sobre o meio
ambiente. Para servir de “lembrete”, constituiu-se o Dia Mundial do Meio
Ambiente, 5 de junho. (Saiba mais sobre a História da ONU com o Meio Ambiente aqui).
Se você acha
que uma ação simbólica como esta não tem utilidade, reveja seus conceitos,
porque tem, sim. De lá para cá, é visível a intensificação das discussões
ambientais ao redor do mundo. Vinte anos depois de Estocolmo, por exemplo,
realizou-se a ECO-92, no Rio de Janeiro, na qual mais comprometimentos globais
foram estabelecidos. Consequência de eventos como este foi o famoso Protocolo
de Kyoto, assinado em 1997, que faz um acordo entre diversos países (inclusive
o Brasil) para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo agravamento do
efeito estufa. Para entender melhor o protocolo, leia o infográfico interativo do site UOL.
Outro
resultado foi a expansão de organizações que trabalham em prol do meio
ambiente, como a transnacional Greenpeace. Esta ONG tão reconhecida hoje em dia
começou com um pequeno grupo de ativistas (dentre eles, ecologistas,
jornalistas e hippies) que, em 1971, saíram do Canadá ao Ártico, a bordo de um
velho barco de pesca chamado Phyllis Cormack. Eles queriam impedir que os EUA
continuassem testes nucleares em uma ilha do Alasca. Depois, foi crescendo e
conquistando mais causas e criando mais bases em países diferentes, como no
Brasil, em 1992 (junto a ECO-92). Greenpeace é uma organização que não aceita
filiação com nenhuma empresa, governo ou partidos, vive apenas de contribuições
de filiados (pessoas da sociedade em geral que queiram doar) e objetiva defender
o ambiente e promover a paz, inspirando as pessoas a mudarem atitudes e
comportamentos.
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O barco Phyllis Cormack entrando na baía de São Francisco (Foto: Greenpeace) |
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Projeto Noolhar de educação ambiental para crianças (Foto: Noolhar) |
Outro grupo
que trabalha com a mesma visão é o Espaço ITEC Cidadão, já mencionado em
matéria anterior. É um ambiente localizado dentro da Universidade Federal do
Pará, e que, dentro de outras ações, promove a conscientização ambiental aos
estudantes e à sociedade em geral.
Da
Conferência de Estocolmo de 1972 ao Espaço ITEC Cidadão, muita coisa mudou. Mas
uma coisa é certa: cada vez mais, presenciamos o crescimento e surgimento de
grupos e organizações para as quais o Dia do Meio Ambiente é todo dia. Porém
isso não precisa ser de exclusividade deles. Faça a sua parte. Como já foi
dito, não precisa plantar uma árvore hoje para amanhã jogar lixo no chão
novamente. O importante é conhecer, conscientizar-se e conscientizar os outros.
Dia do Meio Ambiente tem que ser comemorado todo dia.
Texto de Alice Martins Morais
Saiba mais sobre a (triste) realidade
ambiental pertencente à capital do Pará, já retratada em matérias anteriores: Belém, metrópole da sujeira e Vivendo entre entulhos.
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